RESUMO 7

Capítulos 22 a 25 de “O Seminário Católico de Zóbuè: Entre a Cruz e o Fuzil”

No Capítulo 22, este autor fornece uma lista de 10 antigos seminaristas do Zóbuè que, segundo informação, foram mortos pela FRELIMO. Obviamente, mais ex-seminaristas podem ter sido mortos, o que poderá ser conhecido com uma investigação mais aprofundada. O capítulo destaca a morte de três ex-seminaristas, com formação superior, entre eles o médico João Joaquim Unhay, detidos ao abrigo de “um acordo secreto entre o Estado português e a FRELIMO”. Destaca igualmente a detenção e morte do ex-seminarista Pedro Canísio, da Missão de Boroma, Província de Tete, que foi Vice-Comandante do 2.º Batalhão em Mocímboa da Praia. Pedro Canísio foi acusado de fomentar o tribalismo. Segundo o jornal “Notícias da Beira” de 2 de Abril de 1977, “esse tribalismo foi demonstrado pelos seus elogios aos reaccionários (uma referência ao grupo Simango-Gwenjere-Nkavandame), acusando o povo moçambicano de ser culpado pelas suas mortes”.

O Capítulo 23 contém nomes de antigos seminaristas do Zóbuè que foram detidos e enviados para a reeducação. O Destaque vai para o Padre Ezequiel Pedro Gwembe Mlauzi, da Missão de Fonte Boa, Angónia, Província de Tete, que, por razões que não são bem conhecidas, foi detido e enviado para o Campo de Reeducação de Unango, na Província do Niassa. Uma fotografia, neste capítulo, mostra o Padre Mlauzi a confrontar e irritar o Presidente Machel durante a sua visita ao Campo. Depois dessa confrontação, o Padre Mlauzi teve que fugir para o Malawi para evitar que o pior lhe acontecesse.

Os Capítulos 24 e 25 chamam a atenção para os excessos cometidos pelo movimento da FRELIMO e o seu partido, Frelimo, desde os tempos da luta de libertação nacional bem como a sua recusa em reconhecê-los. Violando convenções internacionais, a FRELIMO sequestrava nacionalistas moçambicanos de países do seu exílio, levando-os para Moçambique para serem mortos. Foi assim que lidou com Uria Simango, Adelino Gwambe, Paulo Gumane e o Padre Mateus Gwenjere. Nos chamados Centros de Reeducação, pessoas eram enterradas vivas e morriam diariamente de espancamentos, fuzilamentos, doenças e desnutrição. O Público Magazine, de 25 de Junho de 1995, revela que de um total de 1800 prisioneiros políticos que entraram no Centro de Reeducação da M’telela, apenas 100 saíram vivos.

Além da Frelimo promover guerras fratricidas no país devido à sua forma de governação, outros problemas surgiram, incluindo o desvio de fundos públicos, culminando nas chamadas dívidas ocultas, nas quais um empréstimo de 2 mil milhões de dólares foi mantido em segredo. Nenhum desse  dinheiro beneficiou o povo moçambicano. Mesmo assim, o governo da Frelimo, em nenhum momento, pediu desculpas ao povo moçambicano e muito menos reconheceu os seus erros, sabendo que, ao assumir as rédeas da governação, jurou prestar contas ao povo moçambicano. Os grandes líderes pedem desculpas e reconhecem os seus erros porque sabem que é a melhor forma de demonstrar que não pretendem repetir os erros cometidos.   

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𝐀𝐧𝐨 𝐝𝐞 𝐏𝐮𝐛𝐥𝐢𝐜𝐚çã𝐨 : 2024

𝐄𝐝𝐢𝐭𝐨𝐫𝐚 : Produção Independente

𝐏𝐫𝐞𝐟á𝐜𝐢𝐨 𝐝𝐞 : João M. Cabrita, autor de “Mozambique: The Tortuous Road To Democracy”(Moçambique : O Caminho Tortuoso para a Democracia) e “A Morte de Samora Machel”

𝐍ú𝐦𝐞𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐏á𝐠𝐢𝐧𝐚𝐬: 334

𝐏𝐫𝐞ç𝐨: 1 400 MTS

𝐃𝐢𝐬𝐩𝐨𝐧í𝐯𝐞𝐥: Livraria Mabuko, Livraria Escolar Editora, Livraria Paulinas, Maputo e Livraria Fundza, Beira

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