QUEM FOI MATEUS PINHO GWENJERE? (Parte 1 de 2)

Mateus Pinho Gwenjere, filho primogênito de Tsaphanda (Régulo) Pinho Ventura Gwenjere e de Raquel Mazalale N’Saica, nasceu na aldeia “Pinho Gwenjere”, regência de Nhacuecha, Caia,  na então  província de Manica-Sofala, a 19 de Novembro de 1933.  O clã “Gwenjere” é originário de Quiteve, um reino que se situava entre o rio Aruanga (Púnguè) e o rio Révuè, durante a era medieval.

Não se sabe ao certo onde e em que ano, em particular, Mateus Gwenjere começou a frequentar a escola. No entanto, considerando que já era professor na Escola de Chirembwe em Inhangoma, Mutarara, em 1947, tudo indica que tenha começado a estudar com os Missionários Franciscanos na Escola de Magagade, muito antes da chegada dos Missionários da África (Padres Brancos) na região em 05 de Junho de 1946.

Depois de alguns anos, como professor em Mutarara, Mateus Gwenjere regressou a Murraça, sua terra natal, onde se tornou catequista. A consolidação da sua educação religiosa, sob o Padre Charles Pollet, que, na altura, era o seu mentor espiritual e Padre Superior da Missão de Murraça, despertou nele a vocação de se tornar sacerdote, apesar da sua idade avançada.  Assim, no final de Agosto de 1950, aos 17 anos de idade, Mateus Gwenjere partiu para o Seminário de São João de Brito de Zóbuè na Província de Tete.

Depois de cinco anos no Seminário Menor de Zóbuè, o primeiro grupo de finalistas, incluindo Mateus Pinho Gwenjere, partiu em 1955 para o Seminário Maior de Namaacha na então capital moçambicana de Lourenço Marques. O Seminário Maior de Namaacha ministrava o curso eclesiástico que compreendia três anos do curso de Filosofia,  quatro anos do curso de teologia e um quinto ano de Teologia Pastoral. 

O Bispo da Beira, Dom Sebastião Soares de Resende, ordenou Mateus Gwenjere diácono em Julho de 1963 e sacerdote a 15 de Agosto de 1964, na Paróquia de Macuti na cidade da Beira.

Os Seus Pensamentos Religiosos

Com apenas três anos de sacerdócio, o Padre Mateus Pinho Gwenjere distinguiu-se pelos seus conceitos de “Igreja Católica Dividida” e da “Igreja Profética de Cristo”. Discursando na Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque, em 07 de Novembro de 1967, o Padre Gwenjere disse à sua audiência que a Igreja Católica em Moçambique estava dividida em duas partes: a Igreja Católica “Salazarista”, liderada pelo Cardeal-Arcebispo Dom Teodósio Clemente de Gouveia e o seu sucessor Dom Custódio Alvim Pereira da Arquidiocese de Lourenço Marques; e a Igreja Católica “Romana” (Profética), liderada  pelo Bispo da diocese da  Beira,   Dom Sebastião Soares de Resende.

Anos mais tarde, o escritor português Luís Salgado de Matos viria a confirmar a existência desta “Igreja Católica Dividida” em Moçambique, escrevendo que enquanto o Bispo de Lourenço Marques, Dom Custódio Alvim Pereira, defendia a soberania portuguesa, o Bispo da Beira, Dom Sebastião Soares de Resende, defendia o direito de Moçambique à independência.

Denunciando a Igreja Católica “Salazarista”, o Padre Gwenjere disse nas Nações Unidas que esta Igreja não “observava os ensinamentos de Cristo”; era “reaccionária”; e contradizia “os princípios morais delineados nas Sagradas Escrituras”. Sobre a Igreja Católica “Romana” (Profética) de Dom Sebastião Soares de Resende, o Padre disse que a mesma lutava pela “plena aplicação da doutrina da Igreja Católica e defendia os direitos do povo moçambicano à independência”.   

“A Igreja Profética de Cristo” – Os documentos “Kairós” sul-africanos de 1985 surgiram com a existência de três tipos diferentes de igrejas no mundo: A “Igreja do Regime”, como foi o caso da “Igreja Salazarista” de Dom Teodósio Clemente de Gouveia em Moçambique e da Igreja Reformada Holandesa (Dutch Reformed Church – DRC) na África do Sul; A “Igreja Espiritual”, aquela que não se preocupa com as pessoas, concentrando a sua atenção no seu bem-estar; e a “Igreja Profética”, aquela que se identifica com todo o coração com o povo  sofredor, uma   Igreja  que  resiste  à  opressão  e  se  identifica com os direitos das pessoas, com  a  sua  liberdade   e  com   o   seu   bem-estar.

Discursando na Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque, o Padre Gwenjere explicou como a “Igreja Profética de Cristo” deveria se comportar:

“As normas  fundamentais do Cristianismo são  a   caridade  e  a justiça. A Igreja  não  pode  só  ter  preocupações  místicas, deve também preocupar-se com os problemas sociais […]. A Igreja tem o dever de procurar e encontrar modo de equilibrar as relações humanas. Onde não existe caridade, não haverá justiça […].Os missionários  portugueses  estão a prejudicar o Cristianismo ao não cumprirem  a  missão  que  lhes  foi  confiada  pela  Igreja.”

As Suas Actividades Políticas E Sociais Em Moçambique

Pelas suas actividades, consideradas “altamente prejudiciais” pelo regime colonial português, os Arquivos da PIDE na Torre do Tombo em Lisboa contém sobre o Padre Mateus Pinho Gwenjere um  dos  maiores, se não o maior dossiê destinado aos combatentes pela liberdade.

“Estou pronto para defender a causa do povo negro até ao último suspiro” (Pe. Gwenjere in Arquivos da PIDE – Janeiro 1967)

Pouco depois da sua ordenação como diácono, Mateus Gwenjere pediu a  intervenção do Bispo da Beira, Dom Sebastião Soares de Resende, num momento em que os nativos passavam fome devido às cheias descontroladas que destruíam as suas plantações no Vale do Zambeze. Ele escreveu:

“Se o Governo (português) tem dinheiro para comprar munições belicosas para a defesa própria, como é que não pode empregar uma milésima parte desse dinheiro para salvar  estes  pobres  desemparados? Agradecia  o favor de comunicar ao Senhor Governador  tudo  isto […]. Queira V. Exa. Revma. compreender-me como um filho que chora pelos seus irmãos  miseráveis  e  desamparados.”

Com essa sua carta, se o Bispo da diocese da Beira fosse o arcebispo de Lourenço Marques, Dom Custódio Alvim Pereira, Mateus Gwenjere não teria sido ordenado padre, pois, este bispo já tinha avisado que a Igreja Católica em Moçambique não ordenaria seminaristas que constituíssem um problema para o governo colonial português.

Em Agosto de 1965, após a sua ordenação sacerdotal, o Padre Gwenjere escreveu novamente ao Bispo da Beira, protestando contra os maus-tratos de que eram vítimas os seus irmãos africanos. Pediu ao Bispo que comunicasse superiormente o constante aparecimento de cadáveres no rio Zambeze, devido a mortes provocadas por tropas portuguesas, avisando que os assassinatos provocariam uma revolta dos nativos, fazendo com que, futuramente, portugueses inocentes pagassem pelos erros dos outros.

Mobilizando Nativos para a Desobediência Civil – O Padre Mateus Gwenjere visitava frequentemente as prisões pedindo a libertação dos nativos. Dirigindo-se às Nações Unidas em Nova Iorque em Novembro de 1967, ele disse à sua audiência que havia conseguido mandar libertar 130 mulheres que haviam sido detidas no Posto Administrativo de Caia por se recusarem a cultivar o algodão ou porque os seus maridos andavam fugitivos para evitar o pagamento do imposto domiciliário.

O Padre Gwenjere opunha-se à plantação de culturas de rendimento impostas pelo regime colonial português em detrimento da produção de culturas alimentares. Ele argumentava com os colonos, instando-os a ocupar terras desocupadas   e  a  não remover pessoas das suas terras de origem.  Confirmando as informações acima, um relatório da PIDE, datado de 1966, dizia que o Padre Gwenjere, “além de dizer aos africanos que o governo estava a roubar as suas terras para dar aos brancos, aconselhava-os a não cultivar o  algodão”.

Outro relatório da PIDE datado de Setembro de 1966 notava que o Padre Mateus Pinho Gwenjere estava “ligado à subversão no interior e no exterior da Província (Moçambique)”. O relatório da PIDE instava as autoridades superiores a tomarem uma acção urgente contra ele por ser “um homem que exerce grande influência sobre os africanos”. O alerta da PIDE veio a materializar-se mais cedo do que esperado. Depois do incidente do catequista que foi esbofeteado pelo capataz da Trans-Zambezi Railway (TZR), o Padre Gwenjere dizia abertamente ao povo local para desconsiderar as ordens que os proibiam de andar ao longo da ferrovia. Ele dizia-lhes que já que os portugueses não  conseguiam consertar e reparar estradas, os negros tinham todo o direito de andar pela via  férrea.

Em 31 de Abril de 1965 na gare de Caia, o Padre Mateus insultou o factor que estava a vender os bilhetes de caminhos-de-ferro, chamando-lhe de gatuno por, segundo ele, lhe estar a levar mais um escudo do que o normal. Segundo o relatório, o Padre Gwenjere incitou os passageiros indígenas ali presentes e que aguardavam a partida do comboio para Murraça, a devolverem os bilhetes àquele factor, dizendo-lhes que “os  brancos  só  sabiam  roubar”. Pelas injúrias àquele factor, foi-lhe instaurado um processo-crime, ao qual respondeu no Tribunal da Beira, sendo condenado a 10 dias de prisão, 500 escudos de indemnização ao ofendido e pena suspensa por dois anos.  Quanto ao incitamento e restantes injúrias contra os brancos foi-lhe levantado processo-crime, mandado posterioramente arquivar.

Promovendo a Língua Local – Um relatório da PIDE de Janeiro de 1967 revelava que o Padre Gwenjere não tinha o hábito de falar a “língua nacional” (português). Continuando, o relatório notou que o Padre Gwenjere havia substituido a missa em português celebrada por ele no salão de Vila Fontes (agora Caia) com a missa em cisena.  Ele substituiu a missa em português pela da cisena, com cantares no mesmo idioma e palmas e  batuques a acompanhar  os  cantares, após colocar  a  seguinte  nota  no  quadro  de  avisos:

“A Missa passa a ser dita em Chisena, pois não quero ir para o inferno por estar a fazer teatro”.

Importa referir que o Salão de Vila Fontes havia sido disponibilizado pela “Sena Sugar Estates” para permitir que os europeus que viviam em Vila Fontes assistissem aí à missa todos os domingos, já que a missa na Missão de Murraça era celebrada totalmente em cisena. Face à decisão do Padre Gwenjere de também celebrar a sua missa em cisena no Salão de Vila Fontes, um relatório da PIDE datado de 25 de Novembro de 1966, aconselhava que se tomassem medidas contra ele, advertindo sobre o perigo da celebração das missas totalmente em cisena:

“[…], não podemos manter-nos indiferentes por tempo indeterminado, com as fortes suspeitas que sobre ele (Padre Gwenjere) recaiem, só pelo facto de ser padre católico português […]. Torna-se por isso absolutamente necessário e muito urgente uma decisão superior sobre este padre”.

Contra Costumes Imprórios– Enquanto promovia o que ele via como bons usos e costumes da população local, o Padre Mateus Gwenjere combatia outros costumes que ele considerava de impróprio. Ele proibia a “valimba” a meio da semana, pois interferia com a vida escolar dos jovens. Em sua opinião, a valimba promovia igualmente a prostituição e conflitos maritais.


Padre Mateus Gwenjere a confiscar uma valimba tocada no meio da semana. Fonte: Quizito Gwenjere

Para o Padre, a “valimba” tinha de ser tocada aos fins-de-semana, para ser específico, na sexta-feira à noite e aos sábados. Na sua bicicleta e mais tarde em sua motorizada, o Padre Gwenjere ia de aldeia em aldeia confiscando  “valimbas” que  eram  tocadas   no  meio  da  semana e abordando  jovens que  não  iam à escola. Ele não tinha problemas com as danças femininas, como “utse” e “likhuba”. O Padre deu luz verde para que essas  danças  fossem  realizadas  sem  restrições.

De igual modo, o Padre Gwenjere lutou incansavelmente contra a feitiçaria, espiritualismo e outros rituais impróprios. O Padre combatia curandeiros que faziam adivinhas, dizendo às pessoas que os seus azares e as suas doenças   eram  causados  por   outras  pessoas,   como  familiares  ou  vizinhos que lhes desejavam mal.  Para  o  Padre   Gwenjere, essa  prática  criava  divisões  e conflitos  dentro  das  famílias e vizinhos nas aldeias, pois em  muitos casos pessoas inocentes eram  acusadas  de  bruxaria.

Aproveitando-se do seu estreito relacionamento com o Bispo da Beira, Dom Sebastião Soares de Resende, que, segundo o Padre Fernando Perez Prieto, se comportava como seu padrinho, o Padre Gwenjere continuamente irritava as autoridades administrativas portuguesas em Caia. Os arquivos da PIDE citam o Padre Gwenjere como tendo dito que “ele, o Padre (Charles) Pollet e o Bispo da Beira (Dom Sebastião Soares de Resende) irão expulsar os colonialistas portugueses de Moçambique”.No entanto, as autoridades administrativas temiam prendê-lo por causa da sua estreita aproximação com o Bispo e do prestígio que conquistara como padre negro  na   região  de  Sena.

Num outro relatório, a PIDE revelou que em 02 de Novembro de 1966, dois indivíduos, nomeadamente José João e Domingos Alberto, chegaram a Bangwe, Blantyre, carregando uma máquina de escrever que foi entregue a um oficial da FRELIMO conhecido por Chico Lourenço. Importa referir que nas suas notas autobiográficas datadas de 16 de Novembro de 1972, o Padre  Gwenjere  refere-se à  esta    máquina  de  escrever  que, segundo ele, a comprou por 900 escudos, tendo-a depois doado ao escritório da FRELIMO em Blantyre que não possuía uma máquina de escrever.

O Recrutamento de Jovens para se Juntarem à FRELIMO – Durante o período que o Padre Mateus Gwenjere trabalhou como missionário na Missão de Murraça, grupos de jovens frequentemente se reuniam em torno do seu escritório na Missão de Murraça para escutarem as transmissões da Rádio FRELIMO na Tanzânia e para se alistarem neste movimento. A PIDE montou uma rede de espiões para descobrir o que o Padre estava a aprontar.

Num relatório datado de 15 de Julho de 1967, a PIDE acusou o Padre Mateus Gwenjere de recrutar “futuros terroristas” para se juntarem à FRELIMO na Tanzânia:

“Todos os indivíduos que passaram através da Missão do Charre, com destino à Tanzânia […] iam filiar-se numa organização anti-portuguesa […] para frequentarem cursos de treinos militares e de guerrilhas, para mais tarde virem para Moçambique combater em prol dessa organização, com fins tendentes à separação desta Província da Mãe-Pátria […]. Todos esses indivíduos […] eram portadores de cartas (de recomendação) do Padre Mateus, da Missão de Murraça”.

Padre Mateus Gwenjere nas montanhas do Seminário do Zóbuè em 1966, com o seu aparelho de radio, estabelecendo contactos com os seus colaboradores da FRELIMO. Fonte: Dr. Josef Pampalk

No seu depoimento que consta do livro “Mateus Pinho Gwenjere – Um Padre Revolucionário”, o Padre Fernando Perez Prieto escreveu, entre outras coisas, o seguinte sobre as actividades “anti-portuguesas” do Padre Gwenjere:

“Quando o (Padre Gwenjere) encontrei novamente no Seminário de Zóbuè, ele pediu-me um aparelho de rádio de bolso com onda curta para entrar em contacto com as seus colaboradores da FRELIMO no Malawi e em Moçambique desde qualquer ponto do “mato”. Ele recebia mensagens como, por exemplo: “recebida almadía com os cinco cabritos para a boda de (fulano)”, a significar que “os cinco jovens que ele enviou para a FRELIMO chegaram ao seu destino”. 

Após a morte do Bispo da Beira, Dom Sebastião Soares de Resende, em Janeiro de 1967, a PIDE decidiu interrogar o Padre Gwenjere. O interrogatório, datado de 14 de Março de 1967 e enviado ao Vice-Director da PIDE em Lourenço Marques, concluiu que o Padre Gwenjere não era um elemento confiável na Missão Murraça, pois via “os seus deveres do sacerdócio como contrários aos seus deveres de cidadão português”. Note-se que, após o interrogatório, a diocese da Beira decidiu transferir o Padre Gwenjere para a Paróquia de Macúti na Beira onde foi ordenado sacerdote em 1964.

Após o interrogatório, o Padre Gwenjere reuniu-se com todos os alunos e professores da Missão de Murraça, acusando alguns deles de trabalharem para a PIDE:

“Aqui andam meninos na Escola que não estão aqui para estudar, mas sim para ouvir o que se diz e ver o que se passa, para irem contar lá fora, porque trabalham para a PIDE, só para nos lixarem […]. Se eu quisesse trabalhar para a PIDE já há muito que me tinham dado uma moto ou um jeep, mas […] quero que ela vá à merda (sic) […]. Já tenho estado sentado no banco dos réus […] na Beira, por culpa dos brancos, pois estes só estão em Moçambique para fazer o mal.”

Na história de Moçambique, este autor não conhece nenhum outro moçambicano que tenha lutado tanto como o Padre Mateus Pinho Gwenjere para garantir ao povo moçambicano os seus direitos à justiça, liberdade, e bem-estar. Se tal pessoa existe ou existiu, que seja trazida a estas páginas com provas documentais e factuais. No seio de pessoas inteligentes, o governo da Frelimo se ridiculariza ao apelidar o Padre Gwenjere de agente da PIDE.

A segunda parte deste artigo irá destacar as reformas que o Padre Gwenjere trouxe para o movimento da FRELIMO, reformas essas que nenhum outro líder da FRELIMO conseguiu trazer desde a fundação do movimento em 1962. Lembre-se que todos os líderes da FRELIMO que desafiavam a liderança do Dr. Mondlane, exigindo reformas, foram expulsos da Tanzânia. Embora o Presidente Mondlane pedisse constantemente ao líder tanzaniano para expulsar o Padre Gwenjere da Tanzânia, este estava protegido da deportação naquele país. O presidente tanzaniano recusava-se terminantemente a deportá-lo, visto que as reformas que este Padre exigia contavam com o seu apoio bem como com o apoio de outros dirigentes tanzanianos, conforme demonstrado na segunda edição do livro “Mateus Pinho Gwenjere – Um Padre Revolucionário”.

(Extractos da segunda edição do livro “Mateus Pinho Gwenjere: Um Padre Revolucionário”, edição revista e ampliada, com 28 capítulos e 576 páginas. O livro já se encontra à venda em algumas livrarias da cidade de Maputo).

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